FII cancela emissão abaixo do VP após queda; entenda

FII cancela emissão abaixo do VP após queda; entenda

FII JSAF11 suspendeu emissão anunciada em abril que teve reação negativa do mercado e derrubou valor das cotas nas últimas semanas.

FII HSAF11 perdeu quase 7% do valor de mercado em duas semanas – Foto: iStock

O FII HSI Ativos Financeiros (HSAF11) anunciou o cancelamento de sua quarta oferta de emissão de cotas, que havia se iniciado no começo deste mês e previa a captação de até R$ 250 milhões por meio da venda de novas cotas a um valor abaixo do valor patrimonial, o que despertou críticas do mercado e fez o valor de mercado do fundo despencar na B3.

A oferta foi anunciada em 22 de abril pelo valor unitário de R$ 85,00, mais o custo de subscrição de R$ 2,35, o que daria um preço total de R$ 87,35 por cota, abaixo do valor patrimonial por cota (VPC) de R$ 91,46 na data usada como referência segundo a oferta, em 29 de março.

A reação do mercado foi ruim. As cotas do FII HSAF1, que haviam fechado no dia do anúncio em R$ 89,62, acumularam 6,75% de queda ao longo das semanas seguintes até o fechamento mais baixo, em 6 de maio, a R$ 83,58, valor inferior ao da oferta, o que afugentou os potenciais investidores

Nesta segunda-feira, em comunicado ao mercado, a gestão do fundo imobiliário informou que decidiu cancelar a oferta devido a “alteração posterior e imprevisível nas condições de mercado em relação ao momento do protocolo do pedido de registro, tendo acarretado um aumento dos riscos de prosseguimento da oferta na forma como foi originalmente estruturada”.

Ó FII HSAF11 destacou, ainda, que não há valores a serem devolvidos porque não chegou a haver subscrição e integralização de cotas.

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FII com emissão abaixo do VP dilui valor do cotista

Na lâmina da oferta, o fundo imobiliário HSAF11 explicava que o preço havia sido estabelecido tendo como preço-base o valor patrimonial do fundo em 29 de março, citando um trecho de seu regulamento que permite a aplicação de descontos no caso de novas ofertas. Considerando apenas o preço da cota, sem os custos, esse desconto era de 7,06% – ou de 4,49%, se considerado o valor total a ser investido.

O problema das emissões abaixo do VP, explicam analistas, é que o patrimônio do fundo é diluído, e o cotista que já estava posicionado perde parte de seu investimento.

A conta é simples: se um fundo tem patrimônio líquido (PL) de R$ 500 milhões dividido em 5 milhões de cotas, o VPC é R$ 100. Caso o fundo realize uma emissão para captar R$ 450 milhões em novas 5 milhões de cotas, a R$ 90 por cota, após o processo o PL será de R$ 950 milhões divididos em 10 milhões de cotas, com um VPC de R$ 95 por cota.

Na lâmina da oferta de emissão do FII HSAF11, havia a indicação dos valores de diluição:

Cenárioé Qnt de novas cotas emitidas VPC após a oferta Diluição
Montante mínimo 352.942 R$ 90,65 0,89%
Montante inicial 2.941.177 R$ 87,98 3,80%
Montante inicial mais lote adicional 3.676.471 R$ 87,62 4,20%
Fonte: HSAF11

HSAF11: saiba mais sobre o fundo

Com a revogação da oferta, o HSAF11 mantém seu patrimônio líquido de R$ 225.298.978,27 dividido em 2.526.360, o que dá um VPC atualizado em R$ 89,18 por cota, segundo dados de 30 de abril informados na semana passada.

Por se tratar de um fundo de papel, o valor do PL varia de acordo com a quantidade de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) no portfólio e também pelo saldo devedor desses títulos. Hoje, o fundo detém 12 CRIs, além de cotas de 4 fundos imobiliários.

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Os dividendos do FII HSAF11 anunciados em abril foram de R$ 1,05, com um dividend yield anualizado médio de 12,4%.

 

Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?

Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.

Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.

Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:

  1. Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
  2. Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
  3. Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.

Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.

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