Para investir em FIIs com foco na renda passiva, é preciso ficar de olho na diversificação, atenção aos rendimentos, entre outras premissas - (Foto: Freepik)

Quanto investir em fundos imobiliários para viver de renda?

Com retorno mensal que varia entre 0,5% a 1% ao mês, os FIIs podem ser uma opção para quem busca renda passiva

Viver de renda com investimentos é a meta de muitas pessoas. Afinal de contas, é uma forma de fazer o dinheiro investido gerar rendimentos suficientes para pagar as despesas. É a chamada renda passiva. E entre os produtos que podem estar dentro da carteira de quem quer viver de renda encontram-se os fundos imobiliários (FIIs). Diante disso, vem o questionamento: quanto investir em fundos imobiliários para viver de renda?

Afinal de contas, ter uma renda passiva com foco nos FIIs pode ser bastante interessante. “Isso porque, por lei, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir pelo menos 95% de seu resultado. Portanto, FIIs são um bom veículo para a estratégia de viver de renda pelo fato de proverem um fluxo relativamente constante de retorno via dividendos”, explica Rodrigo Rosário, CFA, head de alocação estratégica e sócio da VLGI Investimentos.

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Sem esquecer que os fundos imobiliários são isentos de Imposto de Renda. “E isso existe, porque é um título criado em um país de déficit habitacional como o Brasil. Então, você tem esse incentivo fiscal de não pagar imposto dentro de fundos imobiliários para pessoa física a fim de conseguir boas arrecadações”, comenta Danny Gampel, sócio e head de crédito da Cy Capital.

Mas antes de apresentarmos números de quanto investir em fundos imobiliários para viver de renda, é importante levar em consideração o efeito da inflação na hora de pensar em renda passiva.

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“Ou seja, o rendimento deve ser calculado como um valor acima da inflação. Caso o investidor não considere isso, ao gastar os retornos financeiros, ele vai usar uma parte do valor inicial (principal) e o seu poder de compra vai diminuindo ao longo do tempo”, pontua Bruno Mori, economista e sócio fundador da consultoria Sarfin.

E a renda passiva, claro, é alcançada por meio de um portfólio diversificado de investimentos que geram renda regular, como dividendos de ações, juros de títulos ou aluguéis de imóveis. “Em resumo, é ter liberdade financeira para aproveitar a vida sem depender de um emprego tradicional”, comenta Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.

Então, para ter uma boa quantia entrando mensalmente em sua conta, além de investir de forma consciente, é interessante seguir algumas diretrizes. Veja só.

1. Diversificação: construa uma carteira diversificada de FIIs para reduzir o risco específico de cada investimento.

2. Escolha criteriosa: faça uma análise detalhada dos FIIs antes de investir. “Para isso, leve em consideração fatores como a qualidade dos imóveis na carteira, a solidez do gestor e a rentabilidade histórica”, ensina Glaciano.

Confira, então, alguns fundos imobiliários:

  • Fundos de desenvolvimento imobiliários: o gestor do fundo investe na construção de imóveis que depois serão revendidos com a expectativa de obtenção de lucro;
  • Fundos de renda: o fundo compra imóveis, aluga essas propriedades e distribui a renda líquida gerada aos cotistas. “Os imóveis podem ser basicamente de três tipos: lojas em shopping centers, lajes corporativas e galpões industriais”, diz Bruno Mori;
  • Fundos de recebíveis imobiliários: são fundos que investem o dinheiro dos cotistas em títulos de renda fixa. “Esses fundos também costumam pagar rendimentos mensais aos cotistas”, acrescenta Mori.
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3. Atenção aos rendimentos: priorize fundos imobiliários com histórico consistente de distribuição de rendimentos. Além disso, busque aqueles que ofereçam dividendos estáveis e atrativos.

4. Reinvestimento: considere reinvestir os rendimentos recebidos para aumentar progressivamente sua posição nos FIIs e potencializar a geração de renda no longo prazo.

5. Acompanhamento: “mantenha-se atualizado sobre o desempenho dos fundos imobiliários e faça ajustes na sua carteira conforme necessário, acompanhando as mudanças no mercado imobiliário e econômico”, afirma Glaciano.

Quanto investir em fundos imobiliários para viver de renda

Claro que além de todos esses passos, muitas pessoas pensam sobre o valor necessário para investir em FIIs com o foco na renda passiva. E isso vai depender do seu estilo de vida e suas despesas.

Mas o importante é que o valor investido seja suficiente para que o percentual de gasto mensal seja superior à inflação. Para que assim não haja perda do poder de compra. “Por exemplo, caso o investidor possua R$ 1 milhão, e a inflação no ano esteja próxima a 5%, e a carteira tenha rendido 12%, então, 7% poderiam ser utilizados para os gastos”, afirma Rodrigo Rosário.

Já para Simone Carvalho Santos, CDO (Chief Distribution Officer do Grupo) da NanoCapital, uma estratégia para encontrar um número aproximado é considerar o valor que você deseja receber por mês com seus investimentos. E aí, dividir pela taxa de retorno mensal do fundo (dividend yield). O resultado será a renda passiva que você pode obter.

“Por exemplo, se você deseja um rendimento mensal de R$ 10 mil, R$ 15 mil ou R$ 25 mil e o dividend yield mensal do FII é de 0,5%, você precisaria ter investido R$ 2 milhões, R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente. Mas isso considerando que a rentabilidade de um bom FII é de 0,5% a 1% ao mês, em média. Obviamente, essa é uma simplificação e o valor real pode variar dependendo das condições do mercado e do desempenho específico do fundo”, calcula.

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Mais projeções para investir em FIIs e ter renda passiva

Por fim, Bruno Mori traz uma simulação que teve como média um yield mensal dos FIIs de aproximadamente 0,8% ao mês. “Então, para o investidor que quer ter R$ 10mil, R$ 15mil ou R$ 25mil de renda passiva em FIIs, os valores investidos devem ser de R$ 1,25 milhão, R$ 1,85 milhão e R$ 3,125 milhões, aproximadamente”, afirma.

E lembre-se, mesmo com o foco em saber quanto investir em fundos imobiliários para viver de renda, é importante revisar a sua carteira de tempos em tempos. Assim, é possível identificar se a rentabilidade dos investimentos está de acordo com as suas expectativas.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

 

Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?

Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.

Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.

Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:

  1. Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
  2. Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
  3. Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.

Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.

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