Com mais de dois mil clientes espalhados por todo o País, a empresa genuinamente potiguar Autoforce inaugurou o conceito de marketing digital automotivo e é referência nacional no assunto. O negócio é uma “martech”, que oferece software e transformação digital no setor automotivo, que ainda é “muito analógico”, em contraste com a evolução dos veículos vendidos no mercado, na visão do CEO e fundador da Autoforce Tiago Fernandes. Fundada em 2015, a empresa tem hoje 70 funcionários diretos e possui equipes espalhadas no território nacional. Além disso, Fernandes comandará uma coluna sobre negócios no mundo automobilístico, que será veiculada na Jovem Pan News Natal a partir de maio.
Pode nos detalhar como a Autoforce atua? Que tipo de soluções a empresa oferece?
A Autoforce é uma empresa de tecnologia e educação em marketing digital. A gente tem como missão promover a transformação digital no mercado automotivo brasileiro, gerando crescimento econômico para o nosso País, levando em consideração que o setor automotivo é um dos mais importantes da nossa economia. O mais interessante de tudo isso é que é um dos setores menos desenvolvidos digitalmente. Os carros evoluem, carros voadores, automáticos, elétricos, mas o processo de vender carros é o mesmo há mais de 100 anos. A gente já percebia isso desde 2014, 2015, quando a gente começou com essa ideia. Nós oferecemos software como serviço e esse software que a gente chama de Autódromo permite que qualquer loja, concessionária ou montadora tenham suas próprias lojas virtuais, seus showrooms digitais para cada um de seus produtos e serviços, com todas as informações para a melhor experiência possível. Com vídeos, fotos 360º, descritivos das ofertas, condições, tudo que ele poderia ter na loja, agora pode ter nesse ambiente digital. O que antes uma concessionária dependia de uma agência, o que demorava meses, cadastro que demorava semanas, hoje isso é feito em minutos.
Como foi sua trajetória até a criação da Autoforce?
Sou um eterno inconformado. Assim que entrei em administração na UFRNM, comecei a trabalhar na Petrobras, como terceirizado da tecnologia da informação. Na minha cabeça eu queria ser empresário, eu queria ser um homem rico e um homem rico é empresário, ele gera valor, contrata pessoas. Em 2010 juntei amigos e desenvolvemos um provador virtual de roupas, fizemos um plano de negócios, mas estávamos nos propondo a criar uma coisa tecnológica sendo que nós não sabíamos programar. Não conseguimos evoluir e montamos uma grife para vender roupa e a ideia era que dentro da nossa plataforma nós criássemos mecanismos para que o cliente fosse mais assertivo na compra. Fizemos a Fiction Camisetas com a temática de filmes e séries, lançamos e-commerce, fizemos marketing digital. Passei dois anos trabalhando na Petrobras, estudando e administrando a empresa. Os meus dois sócios saíram e ainda levei a Fiction por mais dois anos, mas sozinho era muito difícil. Decidi finalizar a Fiction. Depois trabalhei num banco, dei palestras e depois fui empreender. Fui chamado por uma agência para montar um núcleo digital com o objetivo de atender duas concessionárias aqui de Natal e foi aí que eu vi a oportunidade.
Em menos de 10 anos, a empresa se consolidou no mercado nacional. Quais fatores explicam esse rápido sucesso?
Como todas as empresas de tecnologia, nós crescemos muito durante a pandemia, principalmente porque as concessionárias estavam fechadas e as pessoas não podiam mais ir nas lojas, executar todo o processo e o nosso software serviu muito para isso. Além de ser muito carente em marketing digital e vendas onlines, o setor é muito carente em educação. Sempre fomos muito produtores de conteúdo, temos um blog que é o mais acessado da América Latina sobre marketing digital automotivo, começamos o Autoforce Academy, gerando cursos, ebooks, webinars, eventos, tudo isso para treinar o setor para que ele se torne mais especializado e para que ele tivesse mais sucesso quando utilizasse nosso software. Em 2022 a gente chamou muita atenção do mercado, dois fundos investiram na Autoforce e isso permitiu que a gente tivesse recursos para pisar fundo no acelerador e nós crescemos bastante.
Qual o tamanho da empresa hoje?
Temos 70 funcionários e temos 2.200 concessionárias clientes, isso equivale a um pouco mais de 280 dos maiores grupos econômicos.
Em termos de negócio, como funciona esse segmento? Vocês possuem concorrentes?
Ainda bem que temos. A concorrência é ótima para os negócios porque isso nos baliza. É um excelente comparativo porque as concessionárias não estão sem sites. Eles têm fornecedor, que é uma agência ou uma empresa semelhante a minha. Tem umas quatro empresas no Brasil que oferecem algo semelhante ao que a Autoforce entrega e tem as agências de marketing publicitário, que são nossos concorrentes diretos ou indiretos.
Pode-se dizer que esse conceito de marketing digital automotivo é algo próprio da Autoforce?
Nós começamos pesado com isso porque sempre fomos da escola de resultados digitais. Para se ter uma ideia a Autoforce Academy é algo exclusivo nosso, onde a gente tem vários cursos de gestão para o mercado, a gente oferece isso gratuito para os clientes e também tem os cursos pagos. Estou investindo muito nessa área.
Que resultados os clientes relatam?
São os mais diversos possíveis. Temos uma iniciativa aqui na empresa chamada ChampionsCast, onde todo mês a gente lança um case de sucesso, que é quando o cliente bate alguns indicadores e metas e a gente grava um vídeo, um podcast com ele. Nós também capturamos NPS, então temos uma série de indicadores para saber se o cliente está satisfeito. Os nossos principais cases nós temos clientes que tiveram resultados que nunca tiveram na vida. Por exemplo, uma empresa vendeu R$ 119 milhões em nove meses usando uma das nossas soluções, outra que em cinco meses gerou 13 mil leads qualificados, então isso são balizadores. A gente se preocupa em levar o cliente ao pódio. Quando eles estão com sucesso a gente chama para conversar e quando não estão a gente chama também.
A Autoforce está em meio aos mercados de marketing digital e automotivo. Na sua avaliação, como está essa área? Que tipo de avanços ainda são necessários e qual o papel da inovação nesse processo?
Estamos passando por uma verdadeira revolução, devido à chegada dos asiáticos. Além de muita tecnologia, eles estão trazendo carros elétricos hiperconectados. Os chineses são muito bons em marketing digital, lá na China você compra um carro online. Aqui a gente tentou implementar isso, mas, culturalmente, existiu uma dificuldade com as concessionárias. Com a chegada da GWM, BYD e vão chegar esse ano no Brasil ainda cinco novas montadoras asiáticas, e quando eles chegam e já colocam o modelo de negócio, e-commerce, site, venda direta, não tem estoque, então o cliente vai escolher o carro no site, vai pagar e a empresa vai montar e entregar o veículo. A concessionária para o asiático é para mostrar o carro, eles não têm estoque. O que acontece é que com a chegada dos asiáticos, a gente provavelmente vai começar a ter um avanço de profissionalismo. Se eles chegam com esse modelo, com carros modernos, superconectados, elétricos, e eu estou no modelo antigo de carro à combustão, com o site capenga, não entrego uma experiência de compra excelente no online e muito pior na concessionária, a gente não dá três meses para esse negócio sumir. A gente entendendo isso, estamos lançando um curso e as montadoras já estão nos procurando. Se não for assim, o mercado brasileiro se torna atrasado. É um dos maiores do mundo, mas com uma mentalidade atrasada.
Qual a expectativa para a estreia da coluna na Jovem Pan News Natal?
No ano passado quando eu recebi o convite para uma possível coluna, eu disse que era um fã de automobilismo, mas não era um especialista. Talvez existam pessoas melhores para falar de Fórmula 1, por exemplo, que fazer análises sobre o porquê do Lewis Hamilton ter ganhado ou perdido. Os jornalistas fazem isso muito melhor. Agora, se a gente for fazer comparativo entre o que acontece na F1 com o mundo dos negócios, eu posso entrar para contribuir. Nisso eu acho que tenho tudo a ver. A expectativa é ótimo, estou bastante empolgado, ainda não fechamos uma data, mas em maio deve estar acontecendo.
quem
Tiago Fernandes é formado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Tem passagens pelo administrativo de empresas como Petrobras e Itaú, foi líder de marketing digital na Aragão Publicidade. Em 2015, ao lado de Clênio Luiz e Isaiane de Mendonça, fundou a AutoForce, primeira plataforma de marketing digital com foco no mercado automotivo.
Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?
Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.
Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.
Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:
- Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
- Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
- Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.
Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.