O ponto crucial do marketing digital para atender o cliente moderno

No cenário dinâmico do marketing digital, a inovação contínua se destaca como um fator crucial para atender às expectativas do cliente moderno. Segundo pesquisa da Conteúdo de rocko chamado consumidor 4.0 é exigente, curioso, interativo e independente. Isso exige das empresas uma adaptação na forma de comunicar.

Com o avanço acelerado de tecnologias como inteligência artificial e machine learning, empresas são desafiadas a integrar essas ferramentas em suas estratégias para oferecer experiências personalizadas e relevantes.

Além disso, o equilíbrio entre inbound e outbound marketing, aliado ao uso eficaz de big data e comunicação omnichannel, torna-se essencial para construir relacionamentos sólidos e entregar valor constante aos consumidores. Esta abordagem centrada no cliente é vital para que as empresas se mantenham competitivas em um mercado em constante transformação.

Para saber mais sobre o assunto, o Economia SC cai conversou com Júlia Vidigal MunhozCMO da Conecta Suite, embaixadora do The CMOs Marketers, mentora na Awalé e Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e consultora para empresas de tecnologia e professora em instituições como PUCRS e UOL EdTech. Leia abaixo:

Quais são as principais tendências em marketing digital que as empresas devem acompanhar?

Júlia: Estamos falando muito sobre inteligência artificial (IA) e machine learning como tendências, mas essas tecnologias já fazem parte do nosso dia a dia. Ignorá-las é ficar para trás. Inclusive, lembro que, em 2013, quando o Google Marketing Live foi realizado pela primeira vez, o setor de anúncios estava passando por uma grande mudança com a transição para o mobile. O Google já destacava a importância do “mobile first”, mas muitas empresas pareciam ignorar essa tendência. Então, repito: ignorar é ficar para trás. Antes de falar sobre tendências, precisamos reconhecer uma coisa: a verdadeira mudança no marketing está em focar no que o cliente realmente valoriza. Esse é o caminho natural, mas muitas vezes acabamos deixando isso de lado para nos concentrar no imediato, na empresa ou nas funcionalidades dos produtos. Não estou dizendo que vender não é importante, mas é possível ver isso acontecer o tempo todo: estratégias de vendas de curto prazo e conteúdos só para atrair clientes, enquanto a fidelização, o relacionamento e o valor entregue são deixados de lado, e é exatamente aí que podemos falar sobre tendências. Se voltarmos nossa atenção para o Google, na semana passada eles lançaram mais de 30 novas soluções de IA no Google Ads, focadas em criatividade, desempenho em grande escala e mensuração de dados. Esse lançamento veio em um momento em que a atenção dos usuários está cada vez mais fragmentada e concorrentes como a Meta e a OpenAI também estão lançando novas ferramentas de IA para publicidade. Com tantas opções disponíveis online, a mídia digital precisa ser mais relevante e útil do que nunca para capturar a atenção do público. Como podemos chamar a atenção em meio a tantas mensagens? Como podemos nos tornar relevantes? Como focar na análise de big data para oferecer valor, proporcionar conteúdo e estreitar o relacionamento com o público? Estamos na era da experiência multicanal, e manter a consistência da mensagem sem perder a conexão com o cliente é um desafio, considerando a quantidade de campanhas e dados de marketing disponíveis. Na minha visão, a chave está em fazer o básico com excelência e focar em entregar a mensagem certa, para a pessoa certa, no momento certo. E para isso, a comunicação, tanto interna quanto externa, é fundamental. Se fosse escolher uma única tendência para responder essa pergunta, seria a utilização de análises de desempenho em comunicação omnichannel, unindo big data e proposta de valor clara para estreitar o relacionamento com o público. O mercado de gerenciamento da experiência do cliente está crescendo rapidamente, projetado para aumentar de US$11,34 bilhões em 2022 para US$32,53 bilhões em 2029. Hoje, já existem plataformas que ajudam com automação e inteligência artificial, como chatbots inteligentes. O ideal é testar e usar essas ferramentas a seu favor. Procure por plataformas Omni Business que centralizem todos os canais de comunicação, oferecendo uma experiência melhor e mais fluida ao cliente.

Como as mudanças no comportamento do consumidor estão influenciando as estratégias de marketing?

Júlia: Sempre que penso em comportamento do consumidor, uma frase de Jeff Bezos, fundador da Amazon, me vem à mente. Ele disse que é importante para uma empresa se avaliar pelos olhos dos clientes, que são “lindamente e maravilhosamente insatisfeitos”. A busca por sempre querer deixá-los mais felizes é uma abordagem que dificilmente falha. Hoje, vemos novas formas dos clientes participarem na construção da marca. Agora, não é só sobre o marketing de influenciadores ou mídias de massa com grandes audiências. Chegou o momento da cocriação em conjunto com o público e focar em criadores com audiências menores, mas muito engajadas, valorizando a autenticidade e a conexão pessoal. Essa estratégia valoriza a criatividade e a originalidade, apreciando a capacidade desses criadores de produzir conteúdo único e cativante que realmente ressoa com o público. Além disso, a personalização virou uma peça-chave nas estratégias de marketing. Com a atenção dos consumidores cada vez mais dividida, as marcas precisam oferecer experiências únicas e personalizadas para capturar e manter o interesse do público. Isso significa usar dados para entender as preferências de cada pessoa e criar campanhas que falem diretamente com os desejos e necessidades específicas de cada cliente. A personalização não é só uma tendência; é uma expectativa crescente dos consumidores modernos, que querem se sentir valorizados e compreendidos pelas marcas que escolhem. Por que isso importa? Para se manterem competitivas, as empresas precisam garantir que seus padrões internos continuem crescendo de acordo com as expectativas dos clientes.

Quais ferramentas tecnológicas você considera indispensáveis para os profissionais de marketing hoje?

Júlia: As grandes oportunidades em tecnologia estão ligadas a plataformas e mercados. Muitos profissionais de marketing estão adotando a inteligência artificial para automatizar suas tarefas diárias. Mas, além de automatizar, é importante pensar em como entregar mais valor para o usuário. Também é fundamental conseguir extrair insights valiosos dos dados e aplicar esses insights de forma prática. Não adianta só investir em tecnologia, é preciso integrá-la em todas as áreas do negócio. A tecnologia deve ser uma ferramenta para melhorar produtos e serviços, não apenas para manter a competitividade. O marketing precisa liderar essa transformação, já que está diretamente em contato com o mercado. Empresas que não investem em tecnologias que transformam seu trabalho correm o risco de ficar para trás. No nosso ambiente em constante mudança, é importante aprender a se adaptar e criar uma base sólida para lidar com as rápidas transformações. Além disso, não podemos pular etapas. Precisamos realizar pesquisas detalhadas, organizar processos e entender profundamente o mercado antes de implementar qualquer tecnologia. Isso garante que cada decisão seja bem fundamentada e alinhada com as reais necessidades dos clientes e da empresa. É claro que o mercado muda muito rápido, então é importante aprender, se adaptar e criar uma base sólida para lidar com as rápidas transformações. O segredo é encontrar a vantagem competitiva e escolher bem as habilidades a serem desenvolvidas. Tentar ser o melhor em tudo pode fazer com que você não se destaque em nada.

Como você vê o papel da mentoria no desenvolvimento de novos talentos em marketing?

Júlia: Acredito que sessões de mentoria são super valiosas, tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Crescemos muito em ambas as situações. É importante buscar crescimento contínuo, e a mentoria deve fazer parte do nosso dia a dia, não só quando estamos precisando. Para mim, o que realmente diferencia um profissional de marketing digital são suas aspirações e valores. Coisas como querer poder, liberdade, causar impacto ou equilibrar a vida profissional e pessoal. Esses valores guiam suas ações e mudam com o tempo e a experiência. Além disso, é fundamental investir em conhecimento, habilidades e fazer conexões para valorizar sua carreira. E, claro, suas habilidades e valores precisam estar alinhados com o que o mercado procura. Não é só achar que suas habilidades são incríveis, mas resolver problemas reais que o mercado esteja disposto a pagar. Outra coisa importante é repetir bons hábitos para aumentar a produtividade. Ter uma rotina organizada valoriza nosso tempo e nos dá a liberdade e o espaço necessários para crescer. E, se conseguirmos incluir atividade física nesse ritual, melhor ainda. Precisamos levar nossas estratégias a sério e evitar a acomodação. Gerenciar nossas estratégias ativamente, sempre procurando melhorar, otimizar, mensurar, testar e aprimorar, é essencial para alcançar nossos objetivos. Também é fundamental transformar oportunidades em crescimento real para os negócios, indo além de simplesmente ganhar dinheiro. Assumir o controle do crescimento do negócio nos dá mais previsibilidade e nos permite ser intencionais na direção que queremos seguir. Mas é importante lembrar de desacelerar e aprender a dizer “não”. Desacelerar exige disciplina diária e práticas como meditação. Como disse Greg McKeown em seu livro “Essencialismo”, que recomendo: saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer. A melhoria contínua é importante. As empresas crescem quando pessoas, processos e tecnologia estão alinhados. Parte desse processo precisa ser humanizada, pois, no final das contas, somos pessoas. Uma regra prática é que 20% dos processos geram 80% dos resultados. Identifique esses processos e automatize-os sempre que possível. A utilização estruturada da tecnologia leva à escalabilidade. Minha principal dica é estar aberto a novas ideias. Não se deixe levar apenas pelos algoritmos que mostram o que você quer ver. Interaja com pessoas que têm perspectivas diferentes. Ouça, leia, pense e adote ideias melhores sempre que as encontrar. Mantenha uma alta capacidade de aprendizagem, buscando constantemente novas soluções e testando novas abordagens. É importante tomar decisões rapidamente à medida que a empresa cresce e adotar a mentalidade de “discordar e se comprometer” para que você possa avançar mesmo em situações ambíguas e complexas.

Como as empresas podem equilibrar inbound e outbound marketing para maximizar seus resultados?

Júlia: Acredito muito na importância dos relacionamentos. Vejo muitas estratégias falhando por falta de paciência em testar, otimizar, organizar e realmente entregar valor. Não devemos depender de um único canal, mas sim de múltiplos pontos de contato, todos com o mesmo objetivo: construir relacionamentos. E relacionamentos precisam de confiança e entrega de valor. Por isso, os canais de comunicação precisam estar alinhados, seja no mundo físico ou digital. Não podemos esquecer dos canais de marketing “tradicionais” que às vezes são deixados de lado. É importante entender onde nosso cliente ideal está e como impactá-lo positivamente. Já ouvi muitas vezes que empresas buscam profissionais com habilidades técnicas excelentes, mas acabam dispensando-os por falta de habilidades interpessoais. É como se contratassem pelas habilidades técnicas e demitissem pelas habilidades sociais. Isso mostra uma falha na comunicação, não só por parte do profissional, mas também da empresa. Nada supera a importância da comunicação interpessoal. Para nos conectarmos com outras pessoas, trocar informações, ouvir, colaborar, participar, apoiar, reconhecer e ter empatia. O modelo básico de comunicação, com emissor, mensagem e receptor, não é suficiente para lidar com a complexidade das relações humanas, especialmente quando envolvem mais de duas pessoas. Precisamos praticar a “escutatória” – ouvir nossos colegas de trabalho, nossos clientes e outros profissionais. A comunicação verdadeira é bidirecional e requer empatia e compreensão mútua. O tempo é o nosso bem mais precioso. Quando conseguimos a atenção de alguém, precisamos valorizar isso. Você, como consumidor, gosta de ser valorizado, não é? Então faça o mesmo pelos outros. Valorizando o tempo e a atenção de quem está do outro lado, criamos relacionamentos mais fortes e duradouros.

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Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?

Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.

Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.

Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:

  1. Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
  2. Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
  3. Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.

Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.

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