Descubra como os Fundos Imobiliários podem revolucionar sua estratégia de renda passiva – 20/07/2024 – De Grão em Grão

Investir em imóveis é um desejo comum para quem busca uma fonte de renda passiva e estabilidade financeira. No entanto, a complexidade e os desafios de gerenciar uma propriedade podem tornar essa estratégia menos atraente.

É nesse contexto que os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) surgem como uma alternativa interessante. Prometendo diversificação, menor investimento inicial e uma gestão profissional, os FIIs oferecem uma forma mais prática e potencialmente lucrativa de investir em imóveis.

Para discutir essa transformação no cenário de investimentos imobiliários, entrevistei Maria Fernanda Violatti. Ela é uma especialista renomada com uma trajetória notável no mercado imobiliário brasileiro. Como Cabeça de Fundos Listados no Pesquisar da XP e com passagens pela SiiLA Brasil, Violatti possui uma formação robusta em Economia e Engenharia Civil, além de um MBA em Real Estado pela USP.

Na entrevista, Violatti oferece percepções valiosos sobre como os FIIs podem revolucionar sua estratégia de renda passiva. Ela aborda os principais benefícios, como a possibilidade de diversificar investimentos com um capital menor, a liquidez das cotas negociadas em bolsa e a gestão profissional dos fundos.

Além disso, a especialista destaca as vantagens fiscais e a rentabilidade histórica dos FIIs, que podem superar a dos imóveis físicos. Com a combinação de sua expertise e experiência, Violatti nos guia para entender como os FIIs podem ser a chave para uma gestão de portfólio mais eficiente e lucrativa.

A seguir, descubra como essa modalidade de investimento pode transformar sua abordagem financeira e abrir novas possibilidades para alcançar a tão desejada renda passiva.

Muitas vezes as pessoas pensam em comprar um imóvel para alugar e gerar renda. Este é um paradigma a ser quebrado no contexto dos FIIs? Ou vale de fato a pena?

Comprar um imóvel para alugar é uma estratégia tradicional que muitas pessoas seguem para gerar renda passiva. No entanto, os Fundos Imobiliários (FIIs) oferecem uma alternativa mais diversificada e prática. Enquanto comprar um imóvel demanda um investimento inicial elevado, custos de manutenção, gestão de inquilinos e riscos de vacância, os FIIs permitem ao investidor acessar uma variedade de propriedades com um capital menor e sem a preocupação operacional. Além disso, os FIIs são geridos por profissionais, o que pode resultar em uma gestão mais eficiente e rentável. A combinação dessas estratégias pode ser poderosa: enquanto um imóvel próprio pode proporcionar estabilidade e segurança, os FIIs oferecem diversificação e liquidez.

Qual é o cenário atual dos Fundos Imobiliários no Brasil e o que se espera para o segundo semestre?

No primeiro semestre de 2024, os Fundos Imobiliários no Brasil mostraram resiliência, apesar dos desafios econômicos. Vimos uma recuperação gradual dos preços dos ativos e uma estabilização dos rendimentos distribuídos aos cotistas. Para o segundo semestre, a expectativa é de continuidade dessa recuperação, especialmente se houver sinais de controle da inflação e uma política de juros mais acomodativa. Investidores devem ficar atentos aos setores mais resilientes e às gestões mais qualificadas que tendem a se destacar em tempos de incerteza. A confiança na retomada econômica será crucial para o desempenho dos FIIs.

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Quais são as principais vantagens de investir em Fundos Imobiliários?

Investir em Fundos Imobiliários oferece várias vantagens. Primeiramente, a diversificação: com um valor relativamente pequeno, é possível investir em uma carteira diversificada de imóveis. Em segundo lugar, há a liquidez: diferente de um imóvel físico, as cotas de FIIs podem ser negociadas facilmente na bolsa de valores. Terceiro, a gestão profissional: os fundos são administrados por gestores experientes que tomam as melhores decisões para maximizar os retornos. Entre vários outros benefícios, é possível citar também a possibilidade de fracionar o montante total investido, caso necessário. Por exemplo, se você tem um apartamento de R$ 500 mil e precisa de R$ 30 mil, não é possível vender apenas um banheiro. Já com FIIs, é possível vender apenas as cotas necessárias sem ter que se desfazer do montante todo investido. Além disso, há benefícios fiscais, como a isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos aos investidores pessoas físicas, e a simplicidade: não há preocupações com inquilinos ou manutenção de propriedades. Por fim, a rentabilidade dos FIIs historicamente é significativamente maior que a de imóveis. Enquanto FIIs têm uma rentabilidade média mensal de 0,9% (rentabilidade do índice de fundos imobiliários IFIX), o investimento em imóveis comerciais apresenta rentabilidade de 0,5% de acordo com a FipeZAP. Esses fatores juntos fazem dos FIIs uma excelente opção para quem busca independência financeira e uma fonte de renda passiva robusta.

Quais são os riscos associados aos Fundos Imobiliários?

Embora atrativos, os Fundos Imobiliários também apresentam riscos que os investidores devem considerar. Entre eles estão o risco de vacância (espaço vago), que ocorre quando os imóveis ficam desocupados e não geram renda; o risco de mercado, onde os preços das cotas podem variar conforme a demanda e oferta no mercado; o risco de crédito, ligado à capacidade dos inquilinos de honrar os aluguéis; e o risco de liquidez, que pode afetar a rapidez e a facilidade de vender as cotas no mercado secundário. Além disso, há o risco regulatório, que envolve mudanças na legislação que podem impactar a rentabilidade dos fundos. Conhecer esses riscos e estar preparado para eles é crucial para qualquer investidor.

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Como a economia brasileira está impactando os Fundos Imobiliários?

A economia brasileira exerce uma influência significativa sobre os Fundos Imobiliários. Fatores como a inflação, a taxa de juros e o crescimento econômico afetam diretamente o desempenho desses ativos. Altas taxas de juros, por exemplo, podem tornar os FIIs menos atrativos comparados a outras aplicações de renda fixa, enquanto um cenário de inflação elevada pode impactar positivamente nos reajustes de aluguéis. Por outro lado, um crescimento econômico robusto tende a aumentar a demanda por espaços comerciais e residenciais, beneficiando os fundos. Assim, monitorar a conjuntura econômica é essencial para entender as oscilações nos FIIs.

Quais setores imobiliários estão se destacando em 2024?

Em 2024, alguns setores imobiliários têm mostrado um desempenho notável. O setor logístico, impulsionado pelo crescimento do e-commerce, continua sendo um dos mais promissores. Imóveis de alta qualidade e localizados próximos a grandes centros urbanos são altamente demandados. O setor de shoppings, por sua vez, apresenta um cenário interessante. Após um período de desafios devido à pandemia, houve uma recuperação significativa no fluxo de consumidores e no volume de vendas. Em 2023, o segmento apresentou a melhor performance dentre os demais, com alta de 31,8%. Shoppings bem localizados e com uma boa diversificação de lojas e entretenimento estão se destacando, aproveitando a retomada do consumo presencial e a demanda reprimida. No entanto, é importante observar que a performance pode variar bastante dependendo da região e do perfil do shopping. Aqueles que investiram em modernização e na experiência do cliente estão se saindo melhor. Por outro lado, o segmento de lajes corporativas ou edifícios de escritórios para locação enfrenta desafios com a mudança para o trabalho remoto, mas imóveis bem localizados têm apresentado bom desempenho. Já os fundos de recebíveis, desde o início do ano de 2024 até o presente momento, lideram as altas dos FIIs com retorno total de 5,1%. Com isso, o segmento tem se destacado, apresentando resiliência, captando performance advinda de assimetrias de mercado, além de ser bom pagador de dividendos mensais.

Como a política e a regulação estão influenciando os Fundos Imobiliários?

Mudanças na política e na regulação podem ter um impacto significativo nos Fundos Imobiliários, assim como em outras classes de investimentos. Recentemente, houve discussões sobre alterações na tributação dos FIIs, o que gerou incertezas no mercado. No entanto, políticas que promovem o desenvolvimento do mercado imobiliário e incentivam investimentos podem beneficiar os fundos a longo prazo. Regulamentações mais rígidas sobre transparência e governança também têm o potencial de aumentar a confiança dos investidores e atrair mais capital para o setor. Manter-se informado sobre o cenário regulatório é crucial para tomar decisões de investimento bem fundamentadas.

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Qual é a melhor estratégia para um investidor pessoa física no atual cenário?

No cenário atual, a melhor estratégia para um investidor pessoa física é buscar diversificação e ser seletivo na escolha dos fundos. É importante analisar os fundamentos de cada fundo, como a qualidade dos imóveis, a localização, o perfil dos inquilinos e a expertise dos gestores. Manter uma parte da carteira em fundos de setores mais resilientes, como fundos de recebíveis (muito conhecidos por fundos de papel), pode oferecer uma maior proteção contra oscilações econômicas. Além disso, considerar fundos que pagam rendimentos consistentes e têm boa governança pode ajudar a construir uma fonte de renda passiva estável.

Como escolher os melhores Fundos Imobiliários para investir?

Para escolher os melhores Fundos Imobiliários, um investidor pessoa física deve observar vários critérios e indicadores. Primeiramente, a qualidade dos imóveis: propriedades bem localizadas e de alta qualidade tendem a ter maior valorização e menor vacância. Em segundo lugar, o perfil dos inquilinos: inquilinos sólidos e com contratos longos oferecem mais segurança de renda. A diversificação do portfólio do fundo também é importante para mitigar riscos. Além disso, a taxa de administração e outros custos devem ser analisados para entender o impacto na rentabilidade. Por fim, observar o histórico de distribuição de rendimentos e a governança do fundo são essenciais para garantir investimentos sólidos.

Gostaria de acrescentar algo sobre o tema?

Investir em Fundos Imobiliários pode ser uma excelente forma de alcançar a independência financeira e construir uma fonte de renda passiva. No entanto, é crucial estar bem-informado e fazer escolhas baseadas em análises criteriosas. Manter-se atualizado sobre o mercado e entender os riscos e oportunidades são passos essenciais para qualquer investidor.

Grande parte das vezes partimos de escolhas binárias e não necessariamente investir em FIIs deve ser uma escolha entre FIIs ou imóveis. Você pode aproveitar os benefícios de ambos e ter FIIs e imóveis. Enquanto os FIIs oferecem diversificação, liquidez e gestão profissional, possuir um imóvel pode proporcionar estabilidade e um patrimônio tangível. Ao combinar essas estratégias, você pode diversificar ainda mais seu portfólio e potencializar seus retornos, aproveitando o melhor de cada mundo.

Lembre-se sempre de diversificar seus investimentos e buscar a orientação de profissionais experientes para tomar as melhores decisões. Vamos juntos construir um futuro financeiro sólido e seguro.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?

Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.

Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.

Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:

  1. Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
  2. Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
  3. Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.

Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.

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