Como montar uma carteira de ações para superar a Selic

Como montar uma carteira de ações para superar a Selic

Como em Eu gosto da Selicos investidores de renda fixa já devem ter percebido que os rendimentos de seus títulos estão caindo. Nesse movimento, há quem comece a buscar na renda variável uma alternativa para obter retornos mais gordos. Para quem está começando, o mercado de ações pode parecer complicado e arriscado. Por isso, o Bora Investir conversou com especialistas e reuniu dicas para quem está iniciando seus investimentos em ações. Confira!

Não invista só porque conhece uma empresa

“A maioria dos investidores recém-chegados costuma comprar aquilo que eles conhecem. Então, eles vão comprar ações das empresas que eles veem na rua”, diz Danielle Lopes, da Nord. “A primeira coisa é não fazer isso”, alerta.

Mais do que conhecer o nome das empresas a investir, é preciso entender como funciona o negócio e buscar qual o momento de cada uma vive. As marcas mais conhecidas podem servir como um ponto de partida. Pesquise sobre elas, busque informações nos sites de relações com investidores dessas companhias. “Não precisa olhar para o resultado nesse primeiro momento. Antes mesmo de olhar os números, que podem assustar as pessoas, dê uma olhada nas últimas apresentações que a empresa fez aos acionistas”, diz Lopes.

Pesquise as notícias mais recentes

Esse é um ponto importante para evitar ciladas, diz Danielle. Procure no Google as notícias mais recentes sobre a companhia para saber o que está acontecendo com ela. Uma empresa pode ter o nome conhecido, mas estar prestes a pedir uma recuperação judicial, ou estar em um momento complicado de renegociação de dívidas. “Se for o caso, você nem precisa sequer começar a cogitar a empresa como investimento”, afirma.

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Avalie os resultados da empresa

O próximo passo, segundo a especialista da Nord, é olhar os últimos resultados. Aí sim será necessário avaliar os números, mas isso não é tão difícil. “Você pode pegar os veículos de mídia comentando o resultado, comentário dos analistas. Então ali você já começa a ter um sentimento de se o mercado está otimista”, afirma.

Ela sugere também avaliar os múltiplos, que são algumas medidas sobre os números da empresa. Uma sugestão de Lopes é olhar um múltiplo de endividamento, que é a dívida líquida sobre o Ebitda. “Para a maioria das empresas do mercado, acho que um múltiplo até 3 é confortável”, diz.

Não olhe só para os dividendos

A distribuição de lucros de uma empresa de capital aberto é um dos grandes atrativos para muita gente que investe em ações, mas Júlia Aquino, analista da Rico, afirma que esse não deve ser o único ponto a ser avaliado. “As empresas que pagam dividendos costumam estar bem estabelecidas no setor em que atuam, mas é bastante importante que isso seja entendido como um investimento em ação”, diz.

“Quando você vai investir, pensando em dividendos, justamente, para ter essa consistência de pagamento é preciso escolher uma empresa que está bem estabelecida, que tem boas perspectivas de crescimento para o futuro, porque uma empresa assim tem mais probabilidade de continuar pagando dividendos interessantes pra um investidor”, afirma.

Estude

Quem quer começar na renda variável precisa estudar, diz Danielle Lopes. “O mais importante para o investidor quando está começando é gastar muito tempo estudando, lendo sobre a empresa, perguntando, ouvindo um podcast”, diz.

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“Estudando, a pessoa também acaba se blindando de surpresas negativas, porque ela avalia a empresa e está ciente dos riscos envolvidos naquele investimento, mesmo se tiver um prejuízo”, diz Lopes.

Invista de forma recorrente

Outra dica é não alterar a sua carteira de investimentos de uma vez só, e não migrar todo o portfólio para a renda variável. Melhor ainda se conseguir fazer os aportes de forma recorrente. Danielle Lopes, da Nord, sugere comprar as ações aos poucos e montar uma carteira diversificada. “Vá estudando e fazendo os investimentos todos os meses, e defina seu percentual máximo [para ações]. Geralmente, as pessoas começam com algo entre 3% a 5% do patrimônio. Não é um número exagerado, mas também é algo que já te faz ter atenção”, diz.

Pese os riscos

Quem vai começar a investir em ações precisa ter em mente que esse é um tipo de investimento mais arriscado do que a renda fixa. “Mas existem ações que são mais ou menos arriscadas. É interessante começar pelas menos arriscadas”, sugere Júlia Aquino. “E quando a gente fala de risco em ações, estamos falando principalmente da volatilidade de preço. Então, olhe se o preço está oscilando muito”.

Assim, com algum tempo, o investidor começa a entender como se sente ao ver o patrimônio oscilar, o que ajuda a balizar o quanto aceita de risco ou não na carteira.

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Qual é o caminho da liberdade para a independência financeira?

Uma vez que você se entende como financeiramente livre, é hora de pensar no seu caminho até a independência financeira.

Inicialmente, é preciso compreender que esse percurso está diretamente ligado ao seu perfil de investidor.

Ao estabelecer uma rotina de aportes constantes em bons investimentos visando, no futuro, a renda passiva, a sua jornada de investidor consistirá em três fases principais:

  1. Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.
  2. Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então.
  3. Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.

Para terminar, veja uma ótima dica que vai ter ajudar a compreender melhor sobre conquistar a sua liberdade financeira.

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